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Fiz uma entorse do tornozelo. E agora?

março 2023

Por FisioNunes

Fiz uma entorse do tornozelo. E agora?

As entorses do tornozelo são uma das lesões músculo-esqueléticas mais comuns, podendo acontecer a qualquer pessoa - quer seja atlético ou não.

As lesões no tornozelo ocorrem mais frequentemente em desportos que requerem saltos, torções e movimentos que exijam uma mudança de direcção. Quando um ligamento são forçados para lá da sua normal capacidade, ocorre uma entorse que, em casos graves, pode associar-se a uma rotura das fibras elásticas que o compõem.

Anatomia do tornozelo (para totós!)

A articulação do tornozelo é formada entre os ossos da canela (tíbia e fíbula) e o tálus (o osso na parte superior do pé). A articulação é estabilizada lateralmente por ligamentos na parte exterior do tornozelo: o ligamento talofibular anterior (ATFL), o ligamento calcaneofibular (LFC) e o ligamento talofibular posterior (PTFL). Noutro grupo de ligamentos, o ligamento deltóide é muito mais forte e não é tão facilmente torcido. No entanto, se torcido, a recuperação é muito mais grave com um período de recuperação mais lento.

Os sinais de uma entorse de tornozelo

Os sinais de uma entorse de tornozelo são muito semelhantes aos de uma fractura. Na presença de uma entorse grave, os sintomas incluem dor imediata e lancinante, perceção de rutura na face externa do tornozelo acompanhada de estalido/ruído e o aparecimento rápido de tumefação/edema. Pode ocorrer dor noturna, formação de hematoma, instabilidade nos movimentos e a impossibilidade de suportar carga sobre o tornozelo, sendo fundamental a avaliação por um fisioterapeuta o mais cedo possível.

Classificação de entorses de tornozelo

As entorses são classificadas numa escala de 1 a 3 (suave, moderada, e severa).

  • 1 - O mais ligeiro, ocorre apenas um estiramento ligeiro do ligamento
  • 2 - Verifica-se rotura parcial do ligamento
  • 3 - Verifica-se rotura total do ligamento

Gestão de uma entorse de tornozelo - com ou sem gelo?

Será difícil encontrar alguém que após uma entorse do tornozelo não tenha imediatamente aplicado um pouco de gelo, com o intuito de reduzir a inflamação. No entanto, nos últimos anos, esta abordagem tem sido posta em causa em muita literatura médica. O gelo actua como um vasoconstritor, o que significa que os vasos sanguíneos da área diminuem de tamanho, reduzindo assim o fluxo sanguíneo. Isto acaba por ser contraproducente, uma vez que o fluxo sanguíneo ajuda a facilitar a cicatrização. Esta afirmação é suportada por estudos que apontam que a recuperação de entorses é mais prolongada quando existe a aplicação de gelo.

Assim sendo, o que fazer?

A maioria dos doentes com entorses ligeiras não solicita cuidados médicos. Nestes casos não é necessária imobilização, bastando a realização de exercícios de força e flexibilidade. O repouso, o uso de uma ligadura e a elevação do tornozelo acima do nível do coração durante os primeiros dois dias são medidas muito úteis. Caso a dor seja intensa, deve procurar apoio como vista à avaliação da lesão e aplicação de um plano de tratamentos. O uso de canadianas, e a terapia manual aliada à estimulação elétrica ou por ultra-sons ajuda a controlar a dor e o inchaço e permite prevenir a cronicidade do problema. A recuperação total varia de acordo com a gravidade da lesão, e na maioria dos casos, o processo de cicatrização dura 4 semanas a 6 meses. A incorporação precoce de movimentos no caso das lesões do tornozelo é importante para prevenir a rigidez.

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